A população residente em Portugal subiu em 2020 graças aos imigrantes. Num ano marcado pela pandemia, registou-se uma quebra nos nados-vivos (84 426, menos 2153 face a 2019) e um aumento nos óbitos (123 357, mais 11 564), pelo que o saldo natural foi negativo em 38 931. No entanto, a população aumentou (10 298 252, um acréscimo de 2343 pessoas em relação a 2019), devido ao saldo migratório positivo (41 274). Segundo as Estimativas da População Residente, publicadas esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, no ano passado Portugal registou 67 160 imigrantes permanentes e 25 886 emigrantes permanentes.
Com a quebra da natalidade, baixou também o número médio de filhos por mulher em idade fértil (de 1,42 para 1,40). Ainda assim, um valor superior ao de 2017 e anos anteriores. A idade média das mulheres ao nascimento de um filho está em 31,6 anos, ligeiramente superior a 2019 e mais 1,8 anos do que em 2010.
Por faixas etárias, Portugal continua a envelhecer: em 31 de dezembro de 2020 havia 1 382 628 jovens até aos 14 anos (menos 212 545 do que em 2010) e 6 605 976 entre 15 e 64 anos. Com mais de 65 anos havia 2 643 170. O índice de envelhecimento foi de 167,0 (era 163,2 em 2019 e 123,9 em 2010), ou seja , por cada 100 jovens (0-14) há 167 pessoas com 65 ou mais anos de idade. A idade mediana da população residente é de 45,8 anos, a terceira mais elevada da União Europeia.